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A magia do cinema está diretamente
ligada ao trabalho dos atores. Pessoas capazes de nos transmitir
emoções, surpreender através de gestos, questionar com expressões e
mudar o sentido do que vemos com uma simples entonação da voz. Digno dos
melhores truques. Porém, para fazer a fantasia se tornar crível é
necessário muito trabalho duro. Nada de cartolas misteriosas ou cartas
na manga. Inspirados na reportagem do site The Richest, mostramos como alguns mestres da atuação se prepararam para viver os papeis que nos encantam diante da telona. Confira!
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Meryl Streep
Não é a toa que ela é considerada uma
das maiores atrizes de Hollywood. Além do jeito elegante e discursos
simpáticos toda vez que ganha um prêmio (o que não é raro), Meryl
conquista o público pela intensidade com que se dedica a seus papeis. É
tão meticulosa que se tornou especialista em apreender sotaques de
outros países. Para viver Margareth Thatcher em Dama de Ferro absorveu o modo de falar dos britânicos. Os sotaques dinamarquês (Entre Dois Amores), italiano (As Pontes de Madison) e australiano (Um Grito no Escuro)
também foram utilizados por Meryl em variados papeis. Como se não
fosse suficiente, ela aprendeu a falar alemão e polonês, além de inglês
com sotaque polonês, para o filme A Escolha de Sofia.
A Academia não tinha mesmo muita opção, senão lhe dar seu primeiro
Oscar como melhor atriz pelo papel no longa de Alan J. Pakula em 1983.
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Leonardo DiCaprio
DiCaprio é outro obcecado por
representar sotaques fielmente. Seu modo de aprender é pedir para a
pessoa com a voz que ele deseja imitar pronunciar várias frases em
diferentes entonações. O ator grava o processo e depois fica ouvindo
repetidamente. Para interpretar J. Edgar,
ele foi até faculdades apreender mais sobre a figura histórica do
diretor do FBI e conviveu por um tempo com mercenários para seu papel
em Diamante de Sangue. Sua filosofia é que na hora de compor um personagem nada supera o contato com pessoas reais.
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Michelle Williams
A atriz utilizou uma maneira parecida com a de Di Caprio na preparação para viver a protagonista de Sete Dias com Marilyn.
Pegou várias gravações de discursos de Marilyn e os ouviu até a
exaustão, o que permitiu que no filme reproduzisse alguns maneirismos
verbais próprios da grande diva hollywoodiana.
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Robert De Niro
Aparentemente, não há nada que Robert de Niro não possa fazer. Seu sotaque siciliano em O Poderoso Chefão II lhe rendeu um Oscar. Ele estudou doenças mentais e trabalhou como taxista por um mês para Taxi Driver. Apreendeu a tocar saxofone na preparação de New York New York. Treinou com o próprio Jake La Motta para melhorar suas habilidades no boxe em Touro Indomável
e, como se para mostrar que nem mudanças física o intimidam, engordou
quase 30 quilos durante a filmagem para a fase mais velha do personagem.
Passou tempo junto a pacientes com encefalia para Tempo de Despertar. Ele até chegou ao extremo de ter parte dos dentes triturada para viver um criminoso em Cabo do Medo. No caso dele nada, é nada mesmo.
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Mickey Rourke
Mickey foi capaz até de deixar o amor de lado pelo trabalho. Nas filmagens de Orquídea Selvagem ele se manteve afastado de sua “namorada não oficial” da época, Carré Otis,
para criar entre os dois a tensão sexual necessária. Dois anos depois
da conclusão do longa, eles se casaram, porém só durou 4 anos.
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River Phoenix
Para interpretar um garoto de programa gay em Garotos de Programa,
Phoenix se submeteu a uma experiência intensa. Ele pagou um homem
homossexual para lhe dar sexo oral. Tudo para saber qual era a sensação
e poder compreender melhor a mente de seu personagem.
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Heath Ledger
O Coringa que rouba toda a atenção no filme Batman: O Cavaleiro das Trevas,
exigiu de Ledger um trabalho pesado. Ele escreveu um diário como se
fosse o perturbado personagem e se isolou em um hotel em Londres.
Diversas risadas, tons de voz e maneiras de falar foram testadas. O
resultado não podia ter saído melhor.
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Daniel Day-Lewis
O primeiro homem a vencer o Oscar de
melhor ator três vezes é conhecido pela imersão total no universo de
seus personagens. Ele teve uma cruz tatuada em suas mãos (O Lutador), dormiu e fez refeições na cadeia (Em Nome do Pai), ficou em uma cadeira de rodas e teve comida dada na boca (Meu Pé Esquerdo). Se você ainda não está impressionado, saiba que em As Bruxas de Salém ele construiu uma casa com ferramentas do século XVII e morou nela sem água ou eletricidade durante as gravações. Já em Gangues de Nova York,
aprendeu a função de açougueiro e insistiu em usar um casaco fino,
porque casacos mais quentes não existiam na época da história, durante
as gravações. Uma pneumonia foi o resultado dessa ousadia, afinal, até
Day-Lewis é humano.
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Rodrigo Santoro
Em seu primeiro papel de destaque, Santoro teve que encarar um assunto delicado. Para viver Neto, em Bicho de Sete Cabeças
ele visitou várias instituições psiquiátricas e esteve em contato
direto durante a filmagem com usuários de serviço de saúde mental
convidados a participar do filme como personagens fora do ambiente
manicomial. Santoro melhorou suas habilidades futebolísticas com o
famoso jogador Cláudio Adão para viver Heleno e entrou em uma rotina pesada de treinamento físico para encarar o príncipe Xerxes de 300.